terça-feira, 6 de abril de 2010

OS DIAS TRISTES TAMBÉM SÃO DIAS DE GRATIDÃO A DEUS

“Então, Jó se levantou, rasgou seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou.
E disse: Nu saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.
Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó. 1:20-22).

Olá amados! Hoje gostaria de compartilhar com vocês algo que é triste, em parte, mas também é motivo de muita gratidão ao Senhor. Hoje o Senhor chamou a minha avó materna para estar com Ele para sempre. Mas como já disse o sábio Salomão, muitas vezes a morte é melhor do que a festa, porque provoca uma reflexão sobre a vida e o modo como temos vivido. Assim, eu queria meditar com vocês no texto citado acima, porque ele nos traz lições preciosas, que nunca devem se apartar do nosso coração.
Quando Jó faz esta declaração de confiança e entrega incondicional a Deus, ele não está em um dos melhores momentos de sua vida. Pelo contrário, ele acabara de saber que perdeu toda a riqueza que possuía, e que os seus dez filhos tão amados, por quem Jó orava e sacrificava constantemente ao Senhor, haviam morrido num desastre. Jó poderia ter agido das mais diversas formas. Poderia ter achado que Deus era injusto e por isso deveria abandoná-lo, como sua mulher o fez, ou poderia atribuir tanta culpa sobre si que não lhe restaria mais esperança, como queriam seus amigos. Entretanto, a postura de Jó foi diferente. Ele:
1. Ele expressou sua tristeza. Ele não quis demonstrar uma força que não tinha, nem tão pouco fingiu que nada estava acontecendo. Ele chorou mesmo! Ele se humilhou mesmo na presença do Senhor! Sabemos que uns choram mais e outros menos, mas este é o tempo de demonstrarmos o nosso sentimento e a nossa tristeza.
2. Ele adorou. Jó sabia que o Deus a quem Ele servia não estava distante, e foi se refurgiar em seus braços. Ele sabia que o Seu Deus não seria injusto nem o deixaria desamparado, e isto o levou a adorá-lo apesar de todas as circunstâncias. Eu louvo a Deus porque ele deu o merecido descanso a minha avó, que apesar de sempre lutar para continuar vivendo, há muito esperava por este descanso. A sua saúde estava frágil a muito tempo, e eu louvo a Deus pelo cuidado que Ele teve para com ela.
3. Ele reconheceu que todas as coisas pertencem a Deus, inclusive a vida dos que amamos. A minha avó tinha vida com Deus, e agora Deus a chamou para estar para sempre do lado dEle. Não existe honra maior do que estar junto daquele que nos formou e nos salvou, e que fez de nós tudo aquilo que sozinhos, nós jamais seríamos. Louvo a Deus pelo tempo em que ele permitiu que a Sua filha estivesse conosco como avó e mãe.
4. Jó teve uma atitude de gratidão, e não de murmuração em relação a Deus. Este, na verdade, foi o grande motivo que me levou a escrever este texto. Não queria apenas contar o fato, queria expressar a minha gratidão a Deus por todos os anos de cuidado para com a vida da minha avó e de toda a minha família.
Finalmente, irmãos, eu os convido para orar por minha família, mas acima de tudo, para agradecer a Deus comigo dizendo: “Bendize, oh minh’alma, ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga o seu santo nome” (Sl. 103:1). Afinal, os dias tristes também são dias de gratidão a Deus.

Deus abençoe vocês!

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