sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PRESENTES ESCONDIDOS NA APARENTE CONFUSÃO

Respondeu Jesus: "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". (Jo. 13:7). Você, em algum momento da vida, já recebeu um não de Deus quando pensava que o sim era a vontade dEle? Sem dúvida, naquele momento, você deve ter perguntado ao Senhor: “O que houve? Mudou de ideia? Não era esta a sua vontade para mim? Não sonhamos juntos, planejamos tudo juntos? E por que este não agora?” Difícil, não? Parece que uma confusão começa a se estabelecer em nós a partir de então. Bom, o que eu posso dizer é que eu já passei por esta situação algumas vezes ao longo de toda minha vida com Deus, mas queria compartilhar duas das minhas experiências com você hoje. A primeira não foi exatamente uma pergunta minha, mas foi uma pergunta inquietante para muitos que me conhecem, e especialmente para minha mãe. Ela sempre perguntou a Deus porque ele havia permitido que eu, uma criança, que não tinha consciência do que era certo ou errado, nascesse cega. Ela não admitia, mas muitas vezes duvidou da bondade de Deus por causa desta inquietação. Até que eu me converti, e num destes dias em que ela precisava me levar para a Igreja, mesmo sem ter muita vontade de estar lá, no momento da pregação o Senhor trouxe o texto de João nove, que fala sobre o cego de nascença. Os discípulos de Jesus fazem a mesma pergunta a ele: “Senhor, quem pecou para que este nascesse cego? Ele ou seus pais?” E Jesus respondia que nem ele nem seus pais havia pecado, mas que aquilo aconteceu para que naquele momento a glória de Deus pudesse ser manifesta. Ao ouvir isso, o coração da minha mãe não somente ficou grato a Deus pela resposta, como começou a entender tudo o que Deus, pouco a pouco, está mostrando que já havia planejado para minha vida de forma cuidadosa, e porque não dizer, tremenda. O simples fato de ser como sou, depois que conheci a Cristo, me abriu enumeras oportunidade de falar a públicos que normalmente não param para ouvir a Palavra de Deus, a fim de que o seu amor, cuidado e poder sejam conhecidos por estas pessoas. Este aparente não de Deus a uma vida dita normal redundou em glória para o nome dEle e abriu portas que de outra maneira, não seriam abertas para que eu pudesse cumprir o ide. A segunda experiência que eu queria contar aconteceu exatamente hoje. Eu ganhei, no ano de 2010, uma bolsa em um curso de Inglês. Era um sonho que o Senhor estava realizando, a resposta de uma oração antiga que eu havia feito a Deus. Tinha certeza que sua vontade para mim era estudar outra língua, a fim de que eu me preparasse melhor para ir no tempo em que Ele me chamar para fazer sua obra. Eu estudei aquele ano todo, mas aí o Senhor cumpriu outra promessa, que foi abençoar a minha vida profissional. Era o meu primeiro emprego, e foi nele que eu recebi a bênção de andar sozinha, que há muito pedia ao senhor. Contudo, o horário disponível para continuar o meu curso era incompatível com o meu trabalho. E eu me perguntava qual seria a estratégia de Deus para contornar isso, mas não obtive resposta. Acabei perdendo a bolsa e, sinceramente, apesar de não lembrar de ter reclamado com Deus por isso, não entendia porque o Senhor havia dito não àquilo que antes havia dito sim. Este ano, eu me propus a encontrar um curso que eu pudesse pagar, e depois de um tempo de oração e procura, encontrei. As aulas começaram hoje. E antes de ir para a primeira aula, eu orei ao Senhor, dizendo: “Senhor, eu sei que o Senhor não nos planta em nenhum lugar por acaso. Se eu não puder compartilhar da mesma fé com algum irmão neste curso, por favor, que eu pelo menos seja usada para levar outras pessoas a ti. Que este seja mais um campo missionário que o Senhor me dá". Foi aí que obtive a resposta do “não” que o Senhor havia me dado. A minha professora é, não apenas uma irmã em Cristo muito especial, mas também uma missionária. E o Senhor já está, aos pouquinhos, colocando no meu coração como posso ser usada por Ele ali. Agora faz sentido ter passado um ano sem estudar Inglês. Amado, escrevo este texto simplesmente para animá-lo diante de cada não que o Senhor te der. Nem sempre os motivos serão óbvios, nem sempre Deus se fará entender por você, até porque os pensamentos do Senhor são maiores que os nossos, e os seus caminhos mais elevados que os nossos, como diz o Profeta Isaías. Portanto, quando o Senhor disser “não”, simplesmente entenda isso como um “isto ainda não é o que eu tenho de mais excelente”, e você verá como é doce a vida dirigida por Deus, e entenderá com alegria, que por traz de cada não, há um presente escondido. Louvado sejas tu, Senhor, por cada “não” que já nos dissestes e que ainda vais nos dizer!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

EM TEMPOS DE GUERRA

EM TEMPOS DE GUERRA (Sl. 143). 1 Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão; 2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente. 3 Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito. 4 Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração. 5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. 6 A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti. 7 Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova. 8 Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma. 9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio. 10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. 11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação. 12 E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo. Em tempos tão difíceis quanto os que temos vivido, não é raro encontrarmos quem ore assim como o salmista, pedindo a proteção de Deus contra os seu sinimigos. vivemos em uma sociedade em que todos dizem: "Eu sou de paz", mas vivem fazendo guerra com muitos, a começar pelos que estão mais perto e que lhes são mais caros. Nem todos sabem que a paz só se torna o árbtro do coração quando o Senhor Jesus é, de fato, o Senhor da vida, e aí o resultado é que muitos que antes eram chamados amigos, agora são chamados inimigos, de maneira que a guerra se instaura interna e externamente e parece não ter fim. E quando nos sentimos assim, quando não vemos mais como continuar a batalhar em meio a uma tão grande guerra, tendo, por outro lado, tão pouca força, precisamos tomar a decisão mais acertada, vital para continuarmos pelo menos vivos, emocional e espiritualmente falando. E talvez o que mais nos deixa inquietos é saber que precisamos imediatamente de uma solução, mas não pode ser qualquer solução; precisamos acertar. Felizmente, o Deus que nós servimos é socorro bem presente na hora da angústia, como diz o Salmo 46:1, e não nos deixa desamparados. Através deste Salmo, vamos aprender com o Espírito Santo como devemos orar para vencermos as nossas guerras. A mensagem que considero central neste salmo é muito simples, mas infelizmente, pouco vivida. O salmista reconhece duas coisas imprescindíveis: Que a ajuda do Senhor vem por causa da sua fidelidade e da sua misericórdia, e não porque Deus deve alguma coisa ao homem, e que nós somos totalmente dependentes da ajuda do Senhor. Uma coisa está intrinsecamente relacionada com a outra, e nós precisamos encher o nosso coração desta convicção. Precisamos lembrar que o Senhor é fiél a nós, porque é da sua natureza ser fiél ao que promete, e nnão porque precisa ser fiel. Se o Senhor não fizesse mais nada por nós, ele não seria injusto, porque nós não merecemos a sua misericórdia, nunca o procuramos por nós mesmos e não priorizamos a vontade de Deus na maior parte do nosso tempo. Pelo contrário! A iniciativa de salvar o homem foi de Deus. Foi ele quem planejou tudo, fez todos os sacrifícios, e ao homem coube apenas reconhecer a sua necessidade de Deus e aceitar seu presente de amor. Se o Senhor fez por nós o que não podíamos e o que não merecíamos que fosse feito, como não cumprirá cada uma de suas promessas? Como nos deixará derrotados, se ele mesmo declarou que somos mais do que vencedores? Contudo, Ele faz isto porque nos ama e para a glória do seu nome, e não porque está obrigado a fazê-lo. Por outro lado, nós somos totalmente dependentes da sua misericórdia e graça. Sem ela, não temos condições de vencermos nossos inimigos. O salmista declara isso quando reconhece sua impotência contra os inimigos, a força dos inimigos que é grande, e o estrago que eles já fizeram em sua vida. Lembra do versículo? Somos vencedores em Cristo Jesus (Rm. 8:37). Podemos todas as coisas, mas naquele que nos fortalece (Fp. 4:13). Como Jesus mesmo disse, sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15:5). então, em meio a guerra, precisamos parar de querer ter o controle de tudo nas mãos, e deixar que Cristo seja o nosso general. Afinal, ele conhece todas as coisas, inclusive o dia em que a guerra vai terminar. Assim, amados, façamos como o salmista, que decidiu anseiar pela presença do Senhor mais do que pela vitória, embora precisasse muito dela, e decidiu confiar na benignidade do Senhor, crendo que além de benigno, Ele continua tendo o controle de tudo nas mãos. Em resumo, a decisão mais acertada é fazer o que Deus disse ao povo de Israel, ou seja, permitir que o Senhor guerrei por nós as nossas guerras. Um dia de vitória na presença do Senhor! Que Ele te abençoe!