sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

EM TEMPOS DE GUERRA

EM TEMPOS DE GUERRA (Sl. 143). 1 Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão; 2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente. 3 Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito. 4 Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração. 5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. 6 A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti. 7 Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova. 8 Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma. 9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio. 10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. 11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação. 12 E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo. Em tempos tão difíceis quanto os que temos vivido, não é raro encontrarmos quem ore assim como o salmista, pedindo a proteção de Deus contra os seu sinimigos. vivemos em uma sociedade em que todos dizem: "Eu sou de paz", mas vivem fazendo guerra com muitos, a começar pelos que estão mais perto e que lhes são mais caros. Nem todos sabem que a paz só se torna o árbtro do coração quando o Senhor Jesus é, de fato, o Senhor da vida, e aí o resultado é que muitos que antes eram chamados amigos, agora são chamados inimigos, de maneira que a guerra se instaura interna e externamente e parece não ter fim. E quando nos sentimos assim, quando não vemos mais como continuar a batalhar em meio a uma tão grande guerra, tendo, por outro lado, tão pouca força, precisamos tomar a decisão mais acertada, vital para continuarmos pelo menos vivos, emocional e espiritualmente falando. E talvez o que mais nos deixa inquietos é saber que precisamos imediatamente de uma solução, mas não pode ser qualquer solução; precisamos acertar. Felizmente, o Deus que nós servimos é socorro bem presente na hora da angústia, como diz o Salmo 46:1, e não nos deixa desamparados. Através deste Salmo, vamos aprender com o Espírito Santo como devemos orar para vencermos as nossas guerras. A mensagem que considero central neste salmo é muito simples, mas infelizmente, pouco vivida. O salmista reconhece duas coisas imprescindíveis: Que a ajuda do Senhor vem por causa da sua fidelidade e da sua misericórdia, e não porque Deus deve alguma coisa ao homem, e que nós somos totalmente dependentes da ajuda do Senhor. Uma coisa está intrinsecamente relacionada com a outra, e nós precisamos encher o nosso coração desta convicção. Precisamos lembrar que o Senhor é fiél a nós, porque é da sua natureza ser fiél ao que promete, e nnão porque precisa ser fiel. Se o Senhor não fizesse mais nada por nós, ele não seria injusto, porque nós não merecemos a sua misericórdia, nunca o procuramos por nós mesmos e não priorizamos a vontade de Deus na maior parte do nosso tempo. Pelo contrário! A iniciativa de salvar o homem foi de Deus. Foi ele quem planejou tudo, fez todos os sacrifícios, e ao homem coube apenas reconhecer a sua necessidade de Deus e aceitar seu presente de amor. Se o Senhor fez por nós o que não podíamos e o que não merecíamos que fosse feito, como não cumprirá cada uma de suas promessas? Como nos deixará derrotados, se ele mesmo declarou que somos mais do que vencedores? Contudo, Ele faz isto porque nos ama e para a glória do seu nome, e não porque está obrigado a fazê-lo. Por outro lado, nós somos totalmente dependentes da sua misericórdia e graça. Sem ela, não temos condições de vencermos nossos inimigos. O salmista declara isso quando reconhece sua impotência contra os inimigos, a força dos inimigos que é grande, e o estrago que eles já fizeram em sua vida. Lembra do versículo? Somos vencedores em Cristo Jesus (Rm. 8:37). Podemos todas as coisas, mas naquele que nos fortalece (Fp. 4:13). Como Jesus mesmo disse, sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15:5). então, em meio a guerra, precisamos parar de querer ter o controle de tudo nas mãos, e deixar que Cristo seja o nosso general. Afinal, ele conhece todas as coisas, inclusive o dia em que a guerra vai terminar. Assim, amados, façamos como o salmista, que decidiu anseiar pela presença do Senhor mais do que pela vitória, embora precisasse muito dela, e decidiu confiar na benignidade do Senhor, crendo que além de benigno, Ele continua tendo o controle de tudo nas mãos. Em resumo, a decisão mais acertada é fazer o que Deus disse ao povo de Israel, ou seja, permitir que o Senhor guerrei por nós as nossas guerras. Um dia de vitória na presença do Senhor! Que Ele te abençoe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário