Edificar sua vida através da adoração e da valorização do amor em todos os níveis é o objetivo principal deste blog.
sábado, 13 de junho de 2015
NOSSOS ALICERCES, NOSSA POLÍTICA, NOSSA VIDA
Mateus 7:24- 28
“24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;”
Amados, hoje, assistindo a um debate do Jô com a nossa Presidente Dilma, fiquei pensando na qualidade dos nossos alicerces, enquanto nação, enquanto pessoas que contribuem para o crescimento do país, e enquanto Cristãos, povo que se chama pelo nome do Senhor, que deve contribuir para o crescimento do Reino de Deus, do qual fazemos parte.
Ouvi a Presidente dizer que não podemos dizer que durante o seu Governo, nada foi feito. Até concordo, de certa forma. Entretanto, fiquei pensando: O problema é que tudo que fizemos está se perdendo. O sentimento que tenho é de que estamos desconstruindo em messes o que levamos anos, décadas para construir. E sem querer apontar culpados, pois os resultados estão aí a olhos vistos para todos quantos têm olhos verem, e também porque de acusadores o mundo já está cheio, quero falar um pouquinho sobre estas construções.
Lembrei-me, então, deste texto da Palavra de Deus, que nos remete a um detalhe pouco valorizado nos nossos dias: a qualidade dos nossos alicerces. Deus passou um fim de semana inteiro falando comigo sobre eles, e agora Ele traz de volta este tema, tão grande é a necessidade de, a começar por mim, prestarmos mais atenção não apenas quanto ao que estamos construindo, mas também a como e mais, sobre que base, estamos construindo. Afinal, a vontade do nosso Deus é que cresçamos, que alarguemos nossas tendas, mas que façamos isto de forma que seja duradoura e sustentável para a glória do nome de Deus e para que a nossa alegria, como Jesus dizia no Evangelho de João, seja completa.
Em assim sendo, passo agora a mostrar as lições que Deus me deu neste texto:
1. A importância que dedicamos aos nossos alicerces define a durabilidade e a sustentabilidade dos nossos projetos.
Quantos não passaram pelo sonho de ter seu apartamento comprado que, poucos anos depois, foi trocado pela desilusão de vê-lo ruindo por causa de alicerces frágeis? E por que isto aconteceu? Porque a construtora, assim como os futuros moradores, queria ver a obra pronta, mas não se preocupou com a qualidade dos alicerces desta construção. Afinal, isso nem é visto! Quem vai se perguntar se o prédio comporta com seu peso e com o peso de seus móveis, em se tratando de um prédio rescém-construido? É besteira! Este é o pensamento da maioria das pessoas. Mas aqui Jesus nos alerta para o perigo de vermos tudo desmoronar porque não construímos em lugar apropriado e seguro.
Este não tem sido nosso erro enquanto nação? São apenas quatro anos de Governo, que podem ou não serem renovados. Portanto, é preciso mostrar resultados práticos e rápidos no primeiro governo, da mesma forma que pode-se deixar de mão muito do que se fez no segundo e relaxar, porque quatro anos passam rápido e não há mais nada que se possa fazer. O resultado é que os resultados não tem tempo de se tornarem estáveis, e as perdas são rápidas de mais quando os detalhes não são vistos, pois é mais fácil cair que continuar de pé.
Não é este também o nosso erro enquanto pessoas? No nosso trabalho, nas nossas relações pessoais, queremos mostrar resultados rápidos no início, esquecendo que a essência é o que realmente fica, esquecendo que o que é aparente sempre dá espaço ao que é real. E quando isso acontecer, o que vamos encontrar? Sonhos firmados, ou frustrações? Promoção no emprego, ou demissão por não sermos exatamente como queríamos que nosso patrão nos visse? Empresas solidificadas, ou falidas?
Não é este nosso erro como povo de Deus? Apostamos alto que veremos as nossas promessas cumpridas, mas pouco na comunhão com Deus que nos faz suportar o dia mau. Queremos ir ao culto da vitória, e esquecemos da oração de humilde rendição a Deus e aos seus propósitos. Queremos sempre que o Deus da ressurreição venha ao nosso encontro, mas valorizamos pouco a vida que temos e a vida de quem dizemos amar, e quando a caminhada aqui finda, ficamos chateados com Deus por não fazer o que achamos justo.
Não dá para fugirmos desta regra: Ou escolhemos construir num lugar seguro, ou apostamos alto nos alicerces, ou a queda será inevitável.
2. O parâmetro pelo qual devemos medir a qualidade dos nossos alicerces é a o crédito que damos à Palavra de Deus.
Há uma lista enorme de motivos porque devemos colocar Deus e a sua Palavra como parâmetro. Alguns deles são: A premissa de que somos criação sua, o fato de que embora muitos tentem negar, a Palavra de Deus, Escrita a tantos séculos atrás, continua atualíssima, com respostas que até hoje produzem vida a nossa vida, o fato de que embora a Igreja seja composta de pessoas imperfeitas, ela prega a Palavra do Deus que é perfeito, e é esta Palavra que merece crédito, e a lista continua.
Mas hoje o que vemos é uma sociedade que não se importa em conhecer a palavra de Deus. Afinal isto demanda tempo e renúncia, e aí é bem mais fácil escolher um estilo de vida qualquer dentre os muitos disponíveis e colocar qualquer outra coisa no lugar. Mas não conhecer não é tuto. Hoje a nossa sociedade zomba dos valores de Deus, das coisas de Deus e do próprio Deus. E se é tão ruim assim viver em conformidade com a Palavra, o que vamos colocar no lugar então? Esse é o problema! Ninguém sabe! E aí cada um coloca o que quiser e tudo bem, porque hoje tudo é relativizado.
Mas, perdão pela sinceridade, não está dando certo. Imagina se todos resolvessem que a viga do seu prédio tivesse ferro, mas também alumínio, plástico, borracha, papel, e tudo bem. Adivinhem \qual seria o resultado! E porque com a nossa vida e a nossa sociedade tem que ser assim, qualquer coisa dirige a nossa vida?
Jesus diz claramente: “Aquele que ouve as minhas palavras e as pratica...’ e depois “Aquele que ouve as minhas palavras e não a pratica...” É a Palavra de Deus e a nossa atenção a ela que nos ajuda a sabermos aonde temos construído nossa vida, e qual será o resultado final. Ainda dá tempo de construirmos em alicerce seguro.
3. A qualidade da nossa construção demonstra também a qualidade do nosso caráter.
Se observarmos com atenção, o tipo de vida que construímos mostra muito mais do que aquilo que queremos para nós, mas também mostra a nossa disposição, a nossa perseverança ou a falta dela, a nossa omissão ou o nosso comprometimento, ou seja, mostra também o nosso caráter. Há dois grupos nesta parábula que Jesus usa: os sensatos e os nsensatos; os que medem as conseqüências do que fazem e os que não medem; os que investem tempo de qualidade, e os que são meramente pragmáticos.
Hoje temos construído no solo da corrupção, do tira daqui e bota ali,do não posso levar o prejuízo nunca e o outro que se quebre, do me importar só comigo, da valorização das coisas em detrimento das pessoas, da valorização do sexo em detrimento do outro, dos relacionamentos, do amor. Depois, certamente veremos a verdade aparecendo, os crimes sendo descobertos,as relações se desgastando e as pessoas vivendo como mortos emocionais, o que mais? Hoje somos considerados pelas outras nações como um país do jeitinho brasileiro (desonestos), do sexo livre (promíscuos), o país dos amantes do futibol e do carnaval enquanto o país enfrenta a crise (irresponsáveis), etc.
Não dá mais para acharmos que ninguém saberá quem realmente somos, se nos conformamos em sermos assim e não buscamos novos alicerces.
4. A tempestade sempre vem a todas as construções, pois é ela a quem põe à prova a sustentabilidade de cada uma.
A bíblia diz que a chuva e o sol vem sobre todos, bons e maus, justos e injustos. Assim também, as tempestades da vida vem sobre todos, e ninguém pode escapar. O importante nisto tudo é saber que elas funcionam como uma espécie de termômetro, porque é quando elas vem que sabemos se o que temos é verdadeiro ou não, é forte ou não, resiste ou quebra.
A crise é mundial. Há muito que não está sob o controle de ninguém em específico, mas como temos construído nos dirá se permaneceremos vivos. Se a nossa sociedade fosse construída no solo da transparência e do bom uso do dinheiro público, não teríamos que sofrer ajustes tão violentos; se a nossa sociedade fosse construída no solo do uso consciente dos recursos ambientais, não estaríamos na eminência de ficarmos sem água e não teríamos um ar tão poluído, uma natureza tão devastada. Se construíssemos no solo do respeito, não seriam necessárias leis específicas para mulheres, idosos, deficientes, etc. Mas onde temos construído?
Vamos contruir em Deus, e poderemos descansar no fato de que as tempestades não deixarão de vir, mas não nos matarão, porque a nossa casa continuará de pé.
5. Quando os resultados aparentes são priorizados em detrimento do alicerce essencial, a nossa construção fica comprometida.
Quantas vezes precisamos do resultado para ontem, e por isso precisamos construir rápido, não importa se com um material inferior. Ouvi uma frase que marcou o meu coração para sempre, dita pelo Pastor Nelson Monteiro, um dos meus Professores do Seminário: “Não deixe que o que é urgente ocupe o lugar do que é importante.”
É urgente vivermos a vida? Talvez. Mas é importante vivermos bem, porque só temos esta. Nosso coração grita por justiça? Sim, mas do Senhor vem a vingança. A nós, Ele ensina o perdão e nos dá meios legais para que a busquemos, quando necessário. Nosso coração clama por amor? Natural, mas não é pisando no coração de outros que conseguiremos isto, nem tão pouco desvalorizando nossos corpos e sentimentos. Além disso, somos amados pela pessoa mais importante do mundo, Deus.
6. O que construímos tem conseqüências eternas para nós e para muitos.
Quando temos um mau governo, todos pagamos a conta, uns porque lideram mal e outros porque escolheram mal. Quando temos relacionamentos mal ajustados, todos sofremos. Então, aquela idéia de que a minha vida só diz respeito a mim, definitivamente é uma desculpa para não pensar na conseqüência dos nossos atos na vida de outros. Elas existem sim, e podem ser eternas, da mesma forma que as decisões tomadas pelo governo podem afetar a história de um país para sempre.
A renúncia, o reconhecimento do erro, o arrependimento, o amor sacrificial, nada disso parece bom u fácil à princípio. Mas construir nestes solos é garantir alicerces seguros para uma vida feliz no futuro. Que o Senhor nos ajude nesta construção e nos abençoe.
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