segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

AMOR É DOAÇÃO INCONDICIONAL

Olá amados!
Hoje resolvi escrever algo sobre a maneira que temos amado. Mas antes que vocês comecem a ler o texto, só queria dizer que não pretendo negar que todos nós precisamos ser aceitos e amados. Tudo o que quero é permitir que Deus nos encorage a amarmos apesar de, e não apenas amarmos por causa de.
Deus os abençoe infinitamente.

“Eu, de muito boa vontade gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Co. 12:15).
Nestes dias o Espírito Santo me fez pensar sobre qual tem sido a medida do nosso amor para com os outros. Até onde estamos dispostos a amar? Até quando for agradável e conveniente, ou mesmo quando aqueles que amamos nos amam menos?
O marketing de um amor eterno, sem defeitos ou momentos difíceis, onde aqueles que se amam vivem felizes para sempre, tenta e por vezes até consegue fazer com que nós pensemos que o amor é apenas aquele sentimento lindo que alegra a vida. Mas Cristo nos apresenta um amor que não é apenas sentimento, mas também escolha (Mt. 5:43-48); não é apenas feito de momentos felizes, mas é tão forte que nem mesmo a morte pode destruí-lo; não é um amor egoísta, que apenas está preocupado com o que pode receber, mas é um amor sacrifícial, que está disposto a se doar, mesmo quando isto significa dor ou perda (1 Jo. 3:16). Parece não ser real, não é? Mas este é o modelo bíblico de amor, e Deus não nos pediria nada que nós, na força do seu Espírito, não fôssemos capazes de viver.
O texto da segunda carta de Paulo aos Coríntios é um excelente exemplo de que este tipo de amor é possível. Afinal, quem escrevia não era um homem que não havia sido ferido, ou que tinha um relacionamento perfeito com todos os membros da Igreja primitiva. Pelo contrário, ele era alguém que estava sendo difamado, acusado de explorador, de falso mestre, justamente por uma das Igrejas que ele implantou. Paulo sabia exatamente o que era ser injustiçado, trocado e humilhado por aqueles que ele amava. Isto, obviamente, poderia revoltá-lo e fazer com que ele pensasse que o melhor que tinha a fazer era desistir deles, porque todo seu trabalho havia sido inútil.
Entretanto, ele decidiu superar as expectativas do comum, do medíocre. Ele aprendeu com Cristo a superar os limites do que todos esperam, a ter um amor sacrificial, que vai até o fim, e em meio a tanta dor pôde dizer: “Ainda que vocês me amem cada vez menos, eu decido amá-los cada vez mais”. Eu posso imaginar que dentro do seu coração, Paulo podia ouvir a voz de Jesus dizendo: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo. 13:34-35; 15:12-14). Afinal, aquele que não ama não é discípulo nem amigo de Jesus, como vemos nestes textos. E este amor que Jesus quer que tenhamos é um amor que, assim como Ele, está disposto a dar a vida, se preciso.
Não estou dizendo que devemos amar os outros mais do que a nós, esquecendo completamente do nosso valor e do que sentimos, porque não é este o modelo bíblico (Mc. 12:33). Aliás, sempre que super valorizamos o outro e subestimamos nosso próprio valor, acabamos por distorcer grandemente a nossa alto imagem e isto, inevitavelmente, traz sofrimentos para nós. O nosso amor pelo próximo deve estar na mesma medida em que nos amamos, mas o nosso amor por Deus deve estar acima de tudo, até de nós mesmos ou do outro. É este amor que prioriza Deus que nos ensina a amar as pessoas como Ele ama e a vê-las como Ele as vê. É este amor que nos dá a segurança do quanto somos amados por Deus, e por isso que este amor de Deus nos constrange e encoraja de tal maneira, que podemos amar o outro sem dependermos do que temos recebido.
O apóstolo Paulo tinha uma arma poderosa para ganhar a guerra contra seus opositores, que tentavam afastá-lo dos seus filhos na fé: a evidência incontestável do seu amor por eles. Hoje, Deus também nos deu esta arma poderosa, que parece ser quase impossível de usar muitas vezes, mas que é capaz de transformar o maior dos conflitos na maior oportunidade de perdão e reconciliação. Vamos usá-la. Vamos dar o primeiro passo! Vamos decidir amar porque somos amados por Deus e porque dEle esperamos a recompensa, e isto moverá o coração de Deus, impactará e transformará o coração dos nossos amados, e posteriormente curará o nosso.

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