Edificar sua vida através da adoração e da valorização do amor em todos os níveis é o objetivo principal deste blog.
sábado, 19 de novembro de 2011
O FILHO PRÓDIGO
Poesia composta especialmente para o I ]Encontro de Cegos da Sociedade Bíblica do Brasil.
O FILHO PRÓDIGO
Abram bem os ouvidos e o coração
Porque a história que vou lhes contar
Prova que até uma multidão de pecados
O amor pode apagar.
Certo pai tinha dois filhos mui amados,
Aos quais dedicara sua vida, seu labor.
O filho mais velho sempre esteve ao seu lado.
O mais moço, porém,
Pediu a parte que lhe cabia,
E sem se despedir partiu e o deixou.
O pai, ainda que muito entristecido,
Deu a seu filho a liberdade tão sonhada,
Porque sabia que o amor não prende, liberta,
E que liberdade sem amor é nada.
E o filho saiu da casa de seu pai
Pretendendo nunca mais voltar.
Conselhos, correções, limites,
Eram coisas que não queria mais,
Porque pensava que sabia o que era melhor
E uma vida independente queria levar.
Gastou tudo o que tinha
Numa vida dissoluta, de pecado.
Entregou-se a mulheres que nenhum amor lhe tinham,
E conquistou amigos que lhe queriam perto,
Enquanto sua riqueza não fazia parte do passado.
Mas tudo que é desperdiçado acaba.
E a riqueza deste moço acabou.
Junto com ela, chegou ao fim também sua alegria,
E E agora quem lhe fazia companhia
Eram a miséria, a tristeza, a solidão e a dor.
Isto porque, além da riqueza que acabou,
A fome chegou ao país onde Ele estava.
De moço rico e bem cuidado ele se tornou
Um empregado que de porcos cuidava.
Tinha vontade de comer o que os porcos comiam,
Pedia, lamentava, mas ninguém lhe dava nada.
Até que caiu em si, e pensou:
Os trabalhadores de meu pai
Têm comida que nunca falta.
Enquanto eu estou aqui, passando fome,
Porque me afastei de seu amor e sua casa.
Vou voltar e confessar o pecado
Que cometi contra ele e contra Deus.
Sei que de seu filho não mereço mais ser chamado.
Quem sabe Ele não permite que seja eu
Ao menos um de seus empregados.
Mesmo pensando assim,
O moço não podia imaginar
Que seu pai, num abraço que parecia não ter fim,
Devolveria-lhe o lugar
De herdeiro, de filho querido,
Que antes estava perdido,
Mas agora, finalmente, voltava ao lar.
O irmão mais velho, que enciumado,
Reclamou seus direitos de filho obediente,
Aprendeu que as acusações nos tornam presos ao passado,
E somente o perdão nos permite olhar para frente.
Hoje o pai nos convida
A permanecermos no seu regaço,
A crermos que fazer sua vontade é viver em plenitude de vida,
E a sempre estarmos abrigados em seus braços.
Que possamos nos alegrar com os que voltam,
E com eles andar de braços dados.
Que ao invés de lhes atirarmos pedras,
Possamos ajudar a curar tantas feridas
Que foram causadas pelo pecado.
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