quinta-feira, 9 de junho de 2011

SOLIDÃO, OU TEMPO DE PREPARO?

“Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu... á tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar.”
“Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os rebeldes habitam em terra árida.”
(Ec. 3:1, 5; Sl. 68:6).

Amados, graça e paz!
Está chegando o dia dos namorados, e ao que me parece, os corações das pessoas estão, em grande parte, divididos em dois “mundos”: O “mundo” dos que comemoram por ter alguém para chamar de seu, e o “mundo” dos que ficam tristes e ansiosos por estarem sós. O comércio tenta nos convencer de que não podemos ficar sem o presente de alguém, a sociedade nos chama de bobos ou coitadinhos por estarmos sós, e até parece que estar solteiro é simplesmente não corresponder às expectativas que não são apenas nossas, mas da sociedade erotisada e consumista, na qual estamos inseridos. Como se não bastasse, temos dentro de nós o desejo e a necessidade legítima, dada por Deus, de pertencer, de amar, de compartilhar a vida. E aí, quando juntamos a exigência social com a nossa carência, o resultado é o sentimento de frustração, ansiedade e tristeza, o que tem levado muitos até a depressão.
Sei bem o que é isso! Faço parte do grupo dos que estão esperando, mas hoje vim relembrar o seu coração de que, embora façamos parte do grupo dos que esperam, não precisamos fazer parte do grupo dos que desesperam. É possível fazer parte do terceiro grupo, ou seja, o grupo daqueles que não desfrutam ainda da companhia de alguém, mas que ainda sim se sentem felizes por crer e saber que o Senhor tem o melhor para suas vidas. Quando cremos assim, não precisamos alcançar as expectativas da sociedade, porque estamos mais preocupados em alcançar as expectativas de Deus, que quer que tenhamos relacionamentos em conformidade com a sua vontade, porque ela nos dá limites que protegem as nossas emoções e a nossa vida, em geral; saberemos que o Senhor que colocou o desejo de pertencer e a capacidade e necessidade de amarmos e sermos amados, é o mesmo que deseja que desfrutemos do amor.
Foi isso que Ele fez com Adão, lembra? Não sei se você já parou para prestar atenção, mas não foi Adão quem pediu uma mulher a Deus. Foi o próprio Deus quem falou: “Não é bom que o homem esteja só.” (Gn. 2:18). Isto não significa que não devemos orar por isso, mas que o Senhor conhece, melhor até do que nós mesmos, os nossos anseios. É interessante notar que entre a promessa de Deus que daria ao homem uma auxiliadora e o dia em que ele o presenteou, havia duas coisas: A primeira é que a vida de Adão não parou. Ele continuou trabalhando, dando nome a todos os animais. E a segunda é que quando o Senhor lhe deu descanso, ele mesmo estava providenciando a chegada de Eva. Assim, enquanto servimos ao Senhor e descansamos nele, ele cuida do que amamos ou aprenderemos a amar. A nossa vida não precisa parar por nos sentirmos sós.
O segundo versículo que coloquei antes deste texto, fala que o Senhor faz com que o solitário viva em família. A família de origem, os amigos, a família na fé, são excelentes motivadores para que a nossa alegria continue viva, e podem ser excelentes professores ou companheiros de aprendizado neste tempo de espera. Por isso não precisamos encarar esta etapa da vida como uma etapa de solidão, mas de preparo. Mas aprendizado? Sim! Aprendizado! Enquanto esperamos aquela que chamamos de a pessoa certa, o Senhor nos ensina a sermos a pessoa certa para o outro. Isto porque, apesar destas pessoas serem parte da nossa família, o Senhor sente prazer em nos ver formando a nossa própria família, dando início a mais uma bela e abençoada história de amor.
No entanto, precisamos relembrar o que nos diz o primeiro texto citado. Ele nos ensina que há uma ocasião própria para cada propósito, o que significa que não apenas o tempo de viver o amor é necessário, mas o tempo de espera também o é. Tanto um quanto outro, são presentes de Deus para sermos felizes. Afinal, aprender a depender de Deus quando solteiro, ajuda-nos a ouvir sua voz em meio à voz das contendas no casamento, pois aprenderemos a reconhecer qual, de fato, é a voz de Deus. A companhia do Senhor será tão importante no casamento quanto é na vida de solteiro, e talvez se torne ainda mais.
Portanto, quero convidar o seu coração a permanecer alegre como o meu, por saber que já pertencemos, mesmo que ainda não estejamos fisicamente perto, e por saber que não somos solitários; apenas estamos na fase de preparação.
Meu desejo para nós hoje, é que descubramos a doçura de descansar nos braços do Pai, porque assim, a espera será menos cansativa e enfadonha, e certamente bem mais confortável!

Que o Senhor te abençoe!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PEQUENAS COISAS

"Assim como algumas moscas mortas podem estragar um frasco inteiro de perfume, assim também uma pequena tolice pode fazer uma sabedoria perder todo o valor."
(Ec. 10:1).

Olá, amados!
Hoje vim compartilhar mais uma daquelas palavras que o Senhor nos diz e alimentam nossa alma. Eu estava num culto para mulheres ontem, quando o Senhor usou a pastora para ministrar esta palavra aos nossos corações. e ao longo desse dia, tudo o que eu fazia ou lia parecia confirmar e complementar o que o Senhor já havia dito.
Olhando para este texto, fico imaginando como coisas aparentemente insignificantes podem ser tão importantes para o sucesso ou fracaço de grandes coisas. Quem prestaria atenção numa mosca morta? Quem daria falta? Mas quando esta mosca cai num frasco de perfume, é o grande frasco que fica estragado.
Da mesma forma somos nós. A pequena omissão pessoal em relação ao que acontece em nossa nação significa enfraquecimento na luta por uma nação melhor e mais justa. O nosso voto (hoje tido muito mais como uma obrigação que como um direito conquistado para fazer valer a nossa voz), a nossa aminésia política (que muitas vezes significa que tudo pode virar pizza que não vamos nos mecher, embora reclamemos a princípio), o nosso comodismo em denunciar o que está errado, são como pequenas moscas dentro do nosso frasco. Mas estas mosquinhas fazem com que a esperança por uma sociedade mais justa se perca, com que não confiemos nas pessoas por acharmos que todos vão nos roubar e ferir, com que aceitemos as agressões à moral, à dignidade humana e à palavra de Deus como sendo algo que precisamos aprender a ver como normal. Assim, quando o país quer colocar um material impróprio como matéria a ser estudada e aprendida pelos nossos filhos, ao mesmo tempo em que investe milhões em material didático repleto de erros, simplesmente dizemos: "O que é isso?" Mas isso é tudo.
E o que dizer das moscas que entram no frasco de perfume dos nossos relacionamentos? Deixamos que a mosca morta do orgulho estrague a oportunidade do perdão e da restauração, deixamos que a mosca morta da mentira estrague a exceleência da confiança, deixamos que a mosca morta da mágua impessa que o amor exale o seu bom perfume. E qual o resultado? Infelicidade por falta de perdão, hipocrisia por falta de verdade e amargura e rejeição por falta de amor. Focamos tanto nos pequenos defeitos que esquecemos de reconhecer o amor sacrificial que tantas vezes nos foi demonstrado. Focamos tanto em nós mesmos, que por vzes acabamos não entendendo porque estamos experimentando uma tão grande solidão. Amados, os divórcios e a quebra de grandes amizades não começaram com grandes coisas, começaram com aquelas que julgávamos insignificantes.
Portanto, amados, hoje a minha oração é que o Senhor nos ajude a demonstrar amor nas pequenas coisas, a buscar motivos para nos alegrarmos com pequenas coisas, para nos maravilharmos na presença de Deus por pequenas demonstrações de seu cuidado para conosco, e acima de tudo, que o Senhor nos transforme nas pequenas coisas para forjar em nós um grande caráter, semelhante ao caráter de Cristo.

Que o Senhor te abençoe de forma grande e através de pequenas coisas.