domingo, 1 de março de 2015

DEUS QUER QUE TENHAMOS UMA HISTÓRIA COM UM FINAL FELIZ


(Eclesiastes 7:1-14).
1. O nome limpo vale mais do que o perfume mais caro; e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento.
2. É melhor ir a uma casa onde há luto do que ir a uma casa onde há festa, pois onde há luto lembramos que um dia também vamos morrer. E os vivos nunca devem esquecer isso.
3. A tristeza é melhor do que o riso; pois a tristeza faz o rosto ficar abatido, mas torna o coração compreensivo.
4. Quem só pensa em se divertir é tolo; quem é sábio pensa também na morte.
5. É melhor ouvir a repreensão de um sábio do que escutar elogios de um tolo.
6. A risada dos tolos é como os estalos de espinhos no fogo — não quer dizer nada.
7. Quando o sábio usa a violência, ele se torna tolo. Quem aceita suborno estraga o seu caráter.
8. O fim de uma coisa vale mais do que o seu começo. A pessoa paciente é melhor do que a orgulhosa.
9. Controle sempre o seu gênio; é tolice alimentar o ódio.
10. Nunca pergunte: “Por que será que antigamente tudo era melhor?” Essa pergunta não é inteligente.
11. Todos neste mundo devem ser sábios. Ter sabedoria é tão bom como receber uma herança.
12. A sabedoria é melhor do que o dinheiro. A vantagem da sabedoria é que ela conserva a vida da gente.
13. Pense no que Deus faz. Quem pode endireitar o que ele fez torto?
14. Quando as coisas correrem bem, fique contente; quando as dificuldades chegarem, lembre disto: é Deus quem manda tanto a felicidade como as dificuldades, e a gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã.

Todos nós queremos ter sucesso em todos os aspectos de nossas vidas. Todos nós queremos ser mais do que mais um na multidão, queremos ser diferentes e fazer diferença aonde vamos, mas nem todos estamos dispostos a assumir posturas, riscos e responsabilidades que são imprescindíveis para alcançarmos êxito nas nossas pretensões
Neste capítulo, o sábio Rei Salomão dispõe o seu coração para refletir sobre a temporalidade da vida e o legado, bom ou mau, que necessariamente deixamos para os que nos rodeiam. E refletindo, ele passa a nos dar conselhos preciosos, inspirados pelo Espírito Santo, e tudo isso com um único objetivo: mostrar-nos que mais importante que ter um início de história bonito, é ter um final de história feliz; que mais importante do que começar bem é terminar bem, porque como diz o sábio, “o fim das coisas é melhor que o começo”.
Portanto, abramos o nosso coração e o nosso entendimento para o muito que Deus tem para falar conosco sobre o que temos feito da nossa vida. Perguntemos hoje sinceramente a Deus, e ouçamos as suas respostas para o seguinte questionamento:
O que precisamos fazer para que nossa história tenha um final feliz?
1.       Precisamos cultivar uma vida íntegra (Ec. 7:1).
A bíblia começa nos dizendo que o nome limpo é melhor que um bom perfume, porque não há como ter uma história com um final feliz sem cultivar, durante toda vida, uma vida íntegra e respeitosa. A nossa vida, percebamos ou não, aceitemos ou não, exala cheiro de vida ou de morte para os que nos cercam. Daí a comparação do nome limpo com um bom perfume. Não faremos diferença na vida de ninguém se exteriormente usarmos cosméticos caríssimos, que por si só dizem a quem se aproxima de nós que temos uma vida “boa” (porque afinal, é esta a impressão que queremos causar quando usamos tais produtos), mas o nosso interior exala os mais fétidos odores do orgulho, da intolerância, do egoísmo, do rancor, ou de outros sentimentos semelhantes.
O nosso engano é pensar que o exterior abafa, esconde, disfarça o nosso interior. Da mesma forma que chupar um bombom não resolve o problema do mau hálito, nossa oponência não impede que as pessoas sintam o mau cheiro do nosso caráter.
Esta verdade é corroborada pelo apóstolo Paulo, que afirma que quando temos comunhão com Deus, exalamos o bom perfume de Cristo, e este perfume produz vida para os que crêem e morte para os que não crêem (dois Co. 2:14-16). Isto nos mostra que não apenas exalamos perfumes, mas que o perfume que exalamos afeta a vida dos que nos rodeiam. Vemos, então, e importância de termos uma vida que cheire a vida, a lealdade, a integridade, especialmente quando Salomão nos diz, logo depois disso, que mais importante do que o dia do nascimento é o dia da morte.  
2.       Precisamos lembrar-nos da temporalidade da vida (Ec. 7:2).
Na maior parte do tempo, vivemos como se nunca fôssemos morrer e como se sempre pudéssemos continuar com a força e o vigor que possuímos na juventude. Além disso, também não gostamos da idéia de nos expor ao sofrimento, nem nosso, nem de outros. Vivemos fugindo da dor mais do que um gato foge de água fria. Mas isto não tem nada a ver com a nossa realidade. Fato é que todos nós teremos que passar pelo formão da dor e do sofrimento, em vários momentos de nossas vidas. Por isso Deus nos aconselha a conviver com os que passam por lutos, para sabermos e lembrarmos que um dia também iremos.
E se fôssemos hoje? Como as pessoas lembrariam-se de nós? Sentiriam saudade, ou alívio? Tristeza, ou gratidão a Deus por viver a bênção de não terem mais que conviver conosco? Precisamos encarar a morte como um fato inevitável, para vivermos a vida como um grande espetáculo onde cada sena é importante.
3.       Precisamos entender que muitas vezes Deus permite que soframos para nos dar um coração solidário, e não revoltado (Ec. 7:3, 14).
Aqui reside uma outra verdade preciosíssima! Deus nos moda na dor e no sofrimento, porque só assim desenvolvemos a habilidade da empatia e da solidariedade. Dificilmente que não sofreu se importa com o sofrimento de quem sofre. Redundante? Talvez, mas com certeza poderosamente verdadeiro.
Sempre que sofremos, temos escolhas a fazer. Já ouvi alguém dizer que “mais importante do que o que a vida ou que as pessoas fazem conosco, é o que fazemos com o que foi feito”. Sim! Você pode escolher em meio ao sofrimento! Pode escolher aprender a ser forte, ou a enfraquecer-se; aprender a ser solidário, ou egoísta; a ser resignado e a ver a prova do amor e do cuidado de Deus com sua vida, ou revoltado e descrente das promessas. Aqui Deus quer nos ensinar que um dos objetivos do sofrimento é nos tornar sensíveis com a dor do outro para nos ajudarmos mutuamente, mas a escolha, no final, é sempre nossa.
4.       Ouvir bons conselhos para refletir sobre o legado que estamos deixando (Ec. 7:4-6).
Não há ninguém tão bom que não possa melhorar, nem tão rui que não tenha nada de bom para mostrar. Você já deve ter ouvido frases semelhantes a esta, certamente. Mas parece que quando o assunto somos nós, sempre achamos que podemos decidir sozinho, que as nossas decisões não precisam de tempo, e especialmente que não precisamos gastar tempo refletindo, conhecendo a nós mesmos, porque já temos muito com que nos preocupar. Mero engano.
Quem não conhece a si mesmo, não conhece a realidade em que vive. Quem não ouve conselhos, na melhor das hipóteses não amplia sua visão de mundo. Quem só pensa em se divertir, não se prepara para os tempos difíceis, que pode crer, não demoram a chegar.
5.       Precisamos entender que não há ninguém que sempre esteja certo, e que não somos definidos por uma atitude que tomamos, mas pelo conjunto de atitudes (Ec. 7:7).
Quando a Palavra de Deus nos diz que um sábio pode tornar-se tolo quando usa de violência, que o suborno pode corromper o bom caráter, encontramos a verdade de que ninguém está sempre certo e de que, caso não tenhamos firmeza, podemos sim, ser corrompidos e nos tornar pessoas piores, ao invés de melhores. Entretanto, exatamente por estarmos expostos aos erros, precisamos lembrar que não somos e que os outros não são definidos apenas por uma atitude isolada, mas pelo conjunto delas. ´
É fácil esquecermos, sempre que somos feridos por alguém, de todo bem que esta pessoa já nos fez. É fácil trocarmos uma vida inteira de gentileza por um momento de insensibilidade. Difícil é fazer o mais excelente: permitir que a porta do perdão e da graça esteja aberta e avaliar o outro pelo conjunto da obra. Mas não é isso que esperamos de Deus sempre que oramos? É isto que Ele também espera de Deus como gratidão pelo perdão concedido por Ele a nós (MT. 6:12, 14-15).
6.       Crer que tudo vai dar certo no final, por isso não precisamos tomar decisões precipitadas ou impensadas (Ec. 7:8-10).
Precisamos urgentemente aprender a crer sempre que o fim das coisas é melhor que seu início. Mesmo quando o fim parece triste, quando você termina uma relação porque descobre que está sendo traído, por exemplo, ainda sim o fim é melhor. Afinal, melhor perder um coração que não nos pertence do que viver uma vida inteira enganado. Por este motivo o sábio nos ensina que é melhor a paciência que o orgulho; melhor um coração sem ira, que um coração adoecido pelo ódio. No fim das contas, o que Deus quer nos ensinar é que uma vida de lamento pela bonança do passado não resolve as nossas tempestades do presente, e que devemos e podemos ter uma perspectiva positiva da vida, porque servimos a um Deus que tem pensamentos de vitória para nós (Jr. 29:11).
7.       Entender que a sabedoria é a nossa maior herança (Ec. 7:11-12).
Não adianta termos muitas bênçãos se não sabemos o que fazer com o que temos. Não adianta termos muito dinheiro, se não podemos usá-lo como bênção para nós e para outros. Quando temos sabedoria, fazemos do pouco, muito, e das pequenas oportunidades, o começo de um grande sucesso. A sabedoria, como diz a Bíblia, conserva nossa vida em todos os aspectos. É uma das grandes heranças que herdamos da comunhão com Deus, e está disponível gratuitamente, sempre que quisermos (Tg. 1:5).
8.       Aceitar a soberania de Deus, tanto nos momentos bons quanto nos momentos difíceis, crendo que Ele fará sempre o melhor para nós (Ec. 7:13-14).
Mais do que confiar nas promessas de Deus, precisamos confiar no seu caráter, porque é ele quem nos dá a garantia de que cada uma das promessas serão cumpridas. É o caráter de Deus que também nos ensina que nos momentos bons temos a sua bênção, e nos maus o seu auxílio e amor incondicional. Quando somos abençoados por Deus, colhemos o que plantamos em oração ou recebemos graciosamente o favor do nosso Deus todo bondoso. Quando passamos por dificuldades, aí temos a oportunidade perfeita para conhecê-lo melhor, para experimentar o quanto o seu amor pode ser transformador e terapêutico, e para experimentarmos os seus milagres e nos tornarmos testemunhas vivas do seu poder infinito.
Em assim sendo, podemos compreender que Ser feliz, ou escrever uma história com um final feliz não é fácil, mas Deus nos dá as ferramentas e o melhor caminho para isso. Crescer é difícil. Doe, mas só crescendo conseguiremos realizar o nosso maior sonho: ser feliz. Tudo o que precisamos entender é que para realizarmos este sonho, não podemos prescindir de uma vida de responsabilidade e comunhão com Deus.